Relacionamento
é uma via de mão dupla. Ok, cadê a novidade nisso? Mais um dos meus clichês...
Não, não é.
Por mais comum que seja, as pessoas esquecem disso no dia a dia. Por que é que
quando um se dedica mais, o outro se dedica de menos?
Boa
pergunta...
Parece
aquela coisa de jogo infantil, a história do chiclete: quando um pisa, o outro
cola. E vice-versa. Lamentável.
Eu venho
observando a pouca sensibilidade das pessoas para perceber o cuidado que
recebem do outro. Um simples gesto de lembrar alguém especial no meio do dia e
levar algum mimo, isso é demonstração de amor, afeto. Quando também, você chega
em casa, cansado e percebe que a louça que estava na pia está toda lavada. Ou
ainda, quando recebe um bilhete, ou uma mensagem super carinhosa da sua pessoa,
isso é o tráfego do amor.
Aonde os
carros do respeito, companheirismo, reconhecimento, parceria estão andando na
mesma direção e velocidade. Há sincronismo, não disputa.
Às vezes,
observo também que as pessoas criam desculpas para justificar sua comodidade e
falta de atenção nesses pequenos detalhes, dizendo que é o seu próprio jeito.
Quase que se orgulhando desse ‘defeito’. Ou fazem mesmo de propósito (de novo,
os jogos).
Se você, meu
caro, faz isso, usa esse tipo barato de argumento, volte dez casas e comece de
novo. Você não pode dar o que não tem! Essa é a realidade.
Então, se
você encontrou um indivíduo raríssimo que consegue se doar, sem esperar nada em
troca e mesmo assim, você continua agindo como uma múmia ou como um rei no seu
trono, você não merece ter alguém do seu lado. A balança do amor fica
desequilibrada.
Mas por que
será que isso acontece? Não sei... existem diversos motivos, mas todos eles,
acredito que são injustificáveis.
E em quem
colocamos a culpa então? No mundo capitalista, aonde cada vez mais as pessoas
pensam em mercado/produto/lucro? Na sociedade desapegada que exalta o amor
próprio barato, comprado em vários sites com o cartão de crédito? Nos antigos
relacionamentos, por terem nos ferido, fazendo com que nosso coração se fechasse
a qualquer atitude mais carinhosa? Nos filmes e novelas em que vemos que quem
ama de verdade só se dá mal?
Eu digo em
quem colocar a culpa. Em nós mesmos! Sim, porque continuamos a ter esse tipo de
comportamento egoísta, e mais, continuamos a aceitar isso.
Porque quem
sabe o que quer não se contenta com pouco, não vive de migalhas. Não faz jogos,
mas se doa por inteiro. Anda sempre ligado, pois nesse mundo insano e com
tantas opções, perde-se fácil.
Então, é
hora de repensarmos em como nos relacionamos com os outros. E fica aqui mais um
clichê barato: quem ama cuida, e cuida bem.
Pense em
como é bom ser tratado de forma diferenciada, e faça por merecer!
Porque o
amor não sobrevive a palavras, mas sim, de atitudes. Estas, na atualidade,
muito escassas. É mais fácil falar do que fazer, infelizmente.